FORTE COMITIVA FROM PORTUGAL REGRESSA EM PESO À PREMIÈRE VISION PARIS

A Première Vision Paris é a feira mais importante a nível mundial para o sector e assume-se como uma solução 360º para o setor têxtil e do vestuário e como um acelerador dos negócios. Como é habitual, os empresários portugueses aderiram em massa a mais uma edição da feira que promete levar a Paris compradores de todo o mundo.

Contas feitas só na área dos tecidos a PV Paris contará com mais de três dezenas de expositores lusos. É o caso da Otojal que participa no certame há mais de dez anos e que considera que as atuais datas da feira, agora em Julho, “se enquadram mais com os timmings de trabalho das marcas”. O raciocínio é de Ricardo Carvalho, international sales manager da empresa que apresentará em Paris “diferentes estruturas e funcionalidades em tecido de camisaria e blusaria”, acrescenta.

Igualmente satisfeita com as datas da feira está a Avelena, a participar no certame com bons resultados há sensivelmente cinco edições. “Continuamos a apostar nos artigos sustentáveis nomeadamente os orgânicos e reciclados. Nesta edição iremos apresentar malhas com alguma percentagem de cogumelos, laranja e menta, além de ecofriendly têm propriedades antimicrobianas e antibacterianas”, conta Carmen Ferreira a propósito das novidades a serem apresentadas na PV PARIS.

A participar na PV Paris interruptamente há mais de 30 anos a Penteadora regressa animada ao certame, seja pela localização, pelas datas ou mesmo pelas perspetivas concretas de fazer negócio quer com os mercados tradicionais da empresa quer com compradores da América do Norte ou Ásia. “Acreditando na continuidade de retoma pós-pandemia e crescente procura por fornecedores de qualidade, de proximidade e de confiança, esperamos que a generalidade dos clientes procura nesta feira os parceiros certos para construção e consolidação de relações comerciais”, defende Ângelo Correia.

Animada com a sensação que depois da pandemia “o perfil do cliente da PV Paris melhorou” está a LSMalhas que levará como novidade ao certame  uma gama de malhas “com fibras novas de restos da produção alimentar”, revela Alexandre Alves. Com o pré-agendamento a decorrer a bom ritmo a empresa tem já em vista reuniões com clientes franceses, alemães, ingleses, canadianos, norte-americanos e ainda compradores vindos dos Países Baixos.

Com interesse nestes mesmos mercados a Texser mostra-se confiante para mais uma edição da PV onde, conta Carla Pimenta, apresentará “uma gama de flanelas de variadas gramagens, popelines, fantasias e os tradicionais Oxford, chambray e ginghams, não esquecendo os fios orgânicos”.

Quem sai sempre satisfeito da feira é a Troficolor, a participar na reputada feira parisiense desde 2012. “Felizmente sempre tivemos um feedback positivo, os clientes acolhem bem as coleções (...) e saímos de Paris com contactos interessantes e bons negócios”, revela Sofia Azevedo. Quanto à coleção a export sales manager destaca o alargamento da oferta “de gangas e tecidos com algodão BCI, algodão orgânico com certificaçãoo GOTS / OCS, algodão e polyster reciclados com certificação GRS / RCS”, bem como a nova linha de flanelas, bombazines e acolchoados.

Crente que a participação na PV Paris é “um dos melhores investimentos que se pode fazer a nível de marketing” a Anbievolution regressa para a sua quarta participação. “Vamos apresentar uma coleção ainda maior no âmbito sustentável, sentimos que de momento é isso que os clientes têm vindo a procurar”, revela André Andrade. A empresa tem como ambição ampliar área de venda internacional para países como EUA, Canadá e Coreia do Sul.

É por considerar que “a nossa tipologia de clientes / mercados específicos de moda requerem bastante confiança entre os parceiros” que a empresa de malhas A. Sampaio regressa a Paris onde, conta Inês Sampaio “se ajuda a criar ligações duradouras, nas quais o contacto presencial é fundamental”. Já no que toca à coleção Outono Inverno 24/25, Inês Sampaio revela que a empresa “não abdica de conceitos guiados por um modelo de consumo responsável e circular, com o objetivo claro de proteger o meio ambiente em todos os processos têxteis e nas diversas etapas da cadeia de valor”, remata.

Apesar de considerar as atuais datas menos positivas, a Lemar regressa à PV Paris por a considerar “a feira mais importante do nosso setor em solo Europeu”. As palavras são de Flávio Dias que revela ainda que “nesta edição em particular vamos apresentar as novas gamas feitas com fios das marcas BIOCARE, BY NATURE, EVO, QCYCLE e CICLO”.  A participar no certame há mais de 20 anos a empresa mostra-se interessada em alargar negócios na Escandinávia e em alguns países da Europa de Leste e do Magreb.

Com uma mão cheia de participações na PV Paris, a Magma Têxtil irá apresentar “soluções com diferentes fibras recicladas para promover e sensibilizar o interesse dos clientes, pois são materiais que garantem maior sustentabilidade por não necessitar de recorrer à produção de novas matérias-primas”, conta Joana Guimarães. Mas a grande novidade acontece na coleção desportiva com a utilização da fibra Dri Release com propriedades de gestão de humidade.

Em estreia absoluta na feira parisiense a Carmafil revela que a “motivação para a participação nesta feira prende-se pela angariação de novos clientes, e para dar a conhecer ainda mais a Carmafil ao mercado, até então não tínhamos capacidade para acolher mais clientes, mas neste momento com a ampliação do nosso chão de fábrica, temos sem dúvida uma maior capacidade”, diz Catarina Cardoso. Com bastante expectativa a empresa apresentará a sua gama de malhas circulares com o intuito de alcançar os mercados dos EUA e Canadá.

A Wonder Raw é uma startup com cerca de um ano de existência que decidiu dar um passo de gigante na internacionalização. “A feira é visitada por inúmeros designers, criativos, influencers, marcas de vestuário em fase inicial de lançamento, etc. Sendo este o nosso público alvo esperamos aumentar o grau de exposição, divulgando os nossos produtos e serviços”, explica Luís Oliveira.

A participar na PV Paris desde 2017 e mais recentemente na área Smart Creation, a RDD continua “a apostar na exploração das tecnologias de tingimento e a sua combinação com novas fibras, nomeadamente alternativas ao algodão convencional/orgânico, assim como uma forte aposta nas fibras regeneradas da celulose provenientes de fontes alternativas à madeira”, revela Ana Tavares. A empresa pretende assim reforçar os laços com os clientes habituais e conquistar novos mercados.

Também desde 2017 a Joaps escolheu apresentar-se em todas as edições da PV Paris onde, conta Carla Araújo, a empresa “tem reuniões agendadas com os s habituais clientes, e outros que possam surgir de novo, sendo o mercado Europeu e Norte Americano que temos maior interesse”. A preocupação ambiental será uma das bandeiras desta coleção da Joaps desenvolvida com 95% de materiais sustentáveis, com destaque para as fibras naturais de cogumelo, menta e flor lotus.

Curiosidade e expectativa são as palavras eleitas pela Adalberto para definir mais uma participação na PV Paris onde, revela Joana Girão, a empresa apresentará “fibras reaproveitadas de outras indústrias, processos de transformação de matérias primas mais ecológicos, muitas técnicas e acabamentos”, enumera.

Já a Familitex considera a PV Paris “a montra para a nova coleção FALL/WINTER24/25”. Quem assim o define é Ana Araújo que partilha ainda algumas novidades ao nível dos produtos a serem apresentados: “uma coleção com características distintas, focada na sustentabilidade e inovação, partilhamos novas ideias e desenvolvimentos com o mundo. Em grande destaque, apresentamos a nossa coleção cápsula RE-USE, um conjunto de malhas 100% algodão reciclado, com atenção ao processo produtivo não foi aplicado água ou químicos durante todo o processo de fiação, apenas foram utilizadas energias limpas, tanto solar como eólica”, desvenda.

Recém premiados como um Monocle Design Award na categoria Best in Textiles é com grande expectativa que a Burel Factory regressa à PV Paris. “Continuamos a apostar no nosso produto de distinção, o burel, ao qual continuamos a acrescentar novos desenvolvimentos a nível tecnológico e de acabamentos. Temos uma gama sempre a aumentar para responder às exigências e preocupações do mercado. Para além do burel também continuamos a apostar nos bouclé e outros lanifícios que nos distinguem”, avança Inês Catana.

Localizada na área de Smart Creation a recentemente apresentada ao mercado (há exatamente um ano na PV Paris), a Positive Materials mostra-se animada com mais uma edição do evento. “A nossa coleção organiza-se em 4 categorias: + Regenerative; + Bio Engineered; + Green Chemistry; - Waste. Todas as nossas gamas integram esta moldura conceptual. Podemos desvendar o lançamento de novas parcerias, com inovadores que fazem parte do nosso contexto organizacional – PDS Group – bem como, o foco em gamas com fibras de cultura regenerativa e em coleções cápsula que valorizam o desperdício, como recurso”, detalha Dolores Gouveia.

Na área dos acessórios a estreante Lunartex espera “receber cliente de medio alta gama que apresentam uma vantagem para o nosso mercado que muita das vezes é de valor acrescentado”, afirma Rui Lopes. A empresa irá apresentar produtos sustentáveis tendo como estrela “a técnica jacquard que usamos nos nossos elástico, mas não afastamos a concepção de cordão para linhas mais premium”, desvenda ainda.

Já no Manufacturing a Spring apresenta “as camisas para mulher, soluções que contemplam a vertente design e sustentabilidade”, diz Regina Martins.

A participação das PME portuguesas na PV PARIS é uma iniciativa da Seletiva Moda e da ATP - Associação Têxtil e vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área do sector têxtil. Esta feira está incluída no projeto From Portugal, no âmbito da candidatura apresentada aos projetos conjuntos de internacionalização do Portugal 2030.