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JAPÃO APANHADO NA TEIA LUSA

Ousados, exigentes, trendsetters: assim são os japoneses. Num mercado onde a moda dita a lei, as empresas portuguesas não se deixam intimidar e propõem tecidos que refletem as mais recentes tendências e que cumprem critérios de qualidade irrepreensível.

Os tecidos europeus reúnem-se novamente na Jitac European Textile Fair de 21 a 23 de março e Portugal volta a dizer presente, com um número crescente de empresas e numa dupla participação, através do fórum de tecidos From Portugal e em stand individual. O certame é novo para a Riopele, mas o mercado nipónico é um “velho” conhecido da empresa com clientes de A(rmani) a Z(ara). «Já trabalhamos com o Japão, nomeadamente com importadores/distribuidores. Esta participação visa, por isso, incrementar as vendas para consolidar a nossa posição no mercado e introduzir novos produtos, com novas fibras como por exemplo cupro, e tecidos fluidos, algo pelo que o japonês mostra grande apetência», revela o gestor de mercado António Soares.

Conhecer em profundidade o mercado é, de resto, fundamental para quem aqui quer vingar. «Na última edição levei uma coleção demasiado diversificada, mas que me ajudou agora a definir e selecionar melhor as peças a apresentar nesta edição. O japonês também não parece entender bem a filosofia de um tecido que serve para várias aplicações. Por isso, aposto numa coleção mais concentrada e mais especializada, nomeadamente com tecidos para beachwear e sportswear, uma vez que se trata da estação quente», explica Manuela Araújo, administradora da Lemar, já repetente no certame, tal como as suas compatriotas Troficolor e Teviz, a primeira especializada em denim e a segunda em tecidos para camisaria. «Estamos a solidificar os contactos da última edição. Mas acredito que vão ser precisas três a quatro estações para que o mercado confie na Troficolor», acredita o responsável de marketing, Flávio Dias. «É um mercado que encaixa muito bem no nosso tipo de produto, pelo que tem um grande potencial para a empresa», afirma, por sua vez, o diretor comercial da Teviz, Paulo Loureiro.

Somelos Tecidos e Arco Têxteis há muito que tiraram a prova dos nove. Com efeito, o mercado nipónico consome já sem moderação os tecidos camiseiros destas grandes empresas portuguesas. «O Japão é um mercado muito importante, para o qual estamos a vender produtos de grande qualidade e onde temos vindo a crescer nos últimos cinco anos. Mas obriga-nos a trabalhar artigos diferenciados e topo de gama, na medida em que é muito exigente», refere o administrador da Arco Têxteis, Alfredo Rezende. 

Requisitos aos quais responde igualmente a coleção da Somelos Tecidos para a primavera/verão 2013. «Temos uma coleção rica, não só no conteúdo, mas também na apresentação. Apostamos muito na imagem, na forma como chegamos ao cliente», indica Tiago Guimarães. «O nosso modelo de negócio assenta na venda das nossas coleções. Vender a nossa coleção significa podermos oferecer mínimos reduzidos, o que obriga a uma grande capilaridade de mercados geográficos, de clientes e de segmentos», acrescenta o administrador desta empresa, cujo portefólio contabiliza 1.650 clientes espalhados por 64 países. «Temos uma grande abrangência de produtos para abarcar a nossa grande diversidade geográfica. Por isso, a nossa oferta é muito vasta, com artigos que dão um toque especial à coleção do cliente», conclui Tiago Guimarães.
  
Estas seis empresas portuguesas de tecidos participam na Jitac European Textile Fair com o apoio da Associação Selectiva Moda, no âmbito do projeto From Portugal financiado por fundos comunitários (QREN). Esta feira é uma das 68 ações internacionais em 25 mercados distintos, direcionadas para as áreas de fios, tecidos e acessórios, moda, têxteis-lar e decoração e têxteis técnicos, que a associação portuguesa vai realizar em 2012, num investimento total de 8,85 milhões de euros.  

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